O filho que não tive,
Hoje por certo,
Abraçaria-me com os olhos de vida,
E ouviria a palavra Pai...
E se chorássemos, ou festejássemos,
Ou até se nos calássemos,
Sentiria em mim a sensação da continuidade,
De que a vida não se esvai,
O calor do meu corpo, no calor do seu corpo,
Eu Pai.
Sunday, May 20, 2007
Ventos de solidão
A solidão rasga as cortinas,
Entorna os vinhos, quebra os tonéis,
Vem pelas escadarias,
Anjos nus em ventanias,
Lava os anéis de todas promessas,
A solidão não tem pressa.
Sangra a poesia,
e os homens ficam assim,
turvos, curvos, mudos...
E as ruas ficam assim,
Cobertos pelo pó de tempo,
Amanhecendo esquecimentos,
Que nunca tem fim.
Entorna os vinhos, quebra os tonéis,
Vem pelas escadarias,
Anjos nus em ventanias,
Lava os anéis de todas promessas,
A solidão não tem pressa.
Sangra a poesia,
e os homens ficam assim,
turvos, curvos, mudos...
E as ruas ficam assim,
Cobertos pelo pó de tempo,
Amanhecendo esquecimentos,
Que nunca tem fim.
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