( foto tirada em Gramado /2006 by Luh Oliveira)
Sei das minhas rotas, e das portas que fechei
Sei das linhas imaginárias que não cruzei
É natural na América do Sul
Abaixo da linha do equador
Eqüidistante em mim, alegria e dor.
É natural sonhar quintais sem cercas ou muros
E não falar inglês
Não tenho paredes, nem flores artificiais
Nada em mim é seguro, sólido, permanente,
Minha alma é tatuada por versos em constante metamorfose
Por isso às vezes, sangro uma tristeza calma,
Aos solos baixo de um violão
Na dança lenta da fumaça
E o coração se fecha um pouco, quase falha
E a lágrima disfarçada brinda o rosto
e se espalha por toda a linha do Equador
Sem muros ou cercas nos quintais
Aos solos do violão
Eu e minha solidão
nada mais.
Tonho França.
1 comment:
AH, A ALMA LATINOAMERICANA, SEMPRE
ALIMENTANDO-SE DA POÉTICA UTOPIA
E SÔFREGA PELA INEFÁVEL LIBERDADE.
BELÍSSIMO POEMA, TONHO. VIREI SEU FÃ.
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